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domingo, 23 de outubro de 2022

Opinião 30: Battle Royale - Koushun Takami

 



Sinopse: Em 1997, o jornalista e escritor japonês Koushun Takami sofreu uma grande decepção. O manuscrito de seu romance de estreia havia chegado à final do Japan Grand Prix Horror Novel, concurso literário voltado para a ficção de terror, mas acabou preterido. Não era para menos. Embora habituado a tramas assustadoras, o júri se alarmou com a história do jogo macabro entre adolescentes de uma mesma turma escolar que, confinados numa ilha, têm de matar uns aos outros até que reste apenas um sobrevivente. Detalhe: o organizador da sangrenta disputa é o próprio Estado japonês, imaginado pelo autor como uma totalitária República da Grande Ásia Oriental.

O livro, intitulado Battle Royale, só seria lançado em 1999, espalhando um rastro de polêmica – vendeu mais de 1 milhão de exemplares e foi comentado no Japão inteiro. A repercussão foi tão intensa que apenas um ano depois já eram lançadas as adaptações da história para o cinema e para os mangás – mais tarde, viriam sequências tanto na tela grande como nos quadrinhos. O filme, que tem no elenco o ator e cineasta cult Takeshi Kitano, chegou ao Brasil apenas em DVD, enquanto a série em mangá completa foi publicada aqui entre 2006 e 2011.
Para alento de quem assistiu ao filme, acompanhou os mangás ou não fez nada disso – mas adora ficção juvenil de primeira linha – a Globo Livros finalmente preenche a última lacuna: com tradução direta do japonês, assinada por Jefferson José Teixeira, o livro Battle Royale aporta nas livrarias brasileiras na condição de um dos lançamentos mais aguardados de 2014.
A ansiedade se explica pela duradoura permanência de Battle Royale sob os holofotes. Em 2009, ninguém menos do que Quentin Tarantino chegou a eleger o filme como o melhor que viu desde o início de sua carreira de cineasta. Mais recentemente, com o sucesso do blockbuster cinematográfico Jogos Vorazes, não faltaram leitores e espectadores do mundo todo acusando a norte-americana Suzanne Collins, autora do livro em que se baseou a produção de Hollywood, de ter plagiado a história de Koushun Takami.
Apesar de o ponto de partida ser exatamente o mesmo – jovens obrigados a se matar entre si como parte de um jogo –, a escritora alega que só veio a saber da existência da obra japonesa quando o primeiro Jogos Vorazes já estava no prelo. De sua parte, Takami, cordialmente, declarou que não pretende processar Collins, por acreditar que cada livro tem algo novo a oferecer. Independentemente disso, a questão tomou conta da internet, com milhares de páginas de fãs debatendo semelhanças e diferenças entre as obras.
Um ponto comum entre muitas das resenhas é o de que em Battle Royale o autor se aprofunda com mais vigor no desenho psicológico dos numerosos personagens – a turma de estudantes tem 42 pessoas –, trazendo à tona informações sobre a história de cada um como forma de explicar seu comportamento e suas reações diante dos perigos do jogo pela sobrevivência. Na batalha de todos contra todos, há os que enlouquecem, os que se revoltam, os que extravasam os piores instintos, os que buscam se alienar – e até os que assumem com prazer a missão de eliminar pessoas que horas antes eram colegas de classe. Nesse ambiente, o fio do suspense se mantém esticado o tempo todo: é possível confiar em alguém? Do que um ser humano é capaz quando toda forma de violência passa a ser incentivada?
A tarefa de traduzir a esperada saga coube a Jefferson José Teixeira, carioca que morou no Japão durante 11 anos. Especialista em caligrafia chinesa, atua como tradutor desde a década de 1980, e exibe em seu currículo de documentários a clássicos da literatura, como A Chave (Kagi), de Junichiro Tanizaki, Miso Soup, de Ryu Murakam, Chuva Negra, de Masuji Ibuse e Norwegian Woods, de Haruki Murakami.

Imagina você morar em um país comandado por um Ditador lunático, que controla a população com mãos de ferro e aprova um jogo sádico como forma de entretenimento. É o que acontece na "fictíciaRepública da Grande Ásia Oriental
Battle Royale acompanha uma classe de alunos do que seria o nosso ensino médio. Esses alunos saem para uma excursão escolar, porém durante o trajeto eles são dopados e acordam em uma escola totalmente diferente da que eles estudam. Nessa escola, o Coordenador explica que a classe foi selecionada para participar do Jogo organizado pelo governo. Dentro de instantes eles serão liberados e deverão matar uns ao outros até que reste apenas um sobrevivente, que será declarado campeão.
O livro não tem apenas um narrador, o que achei muito legal, pois assim podemos acompanhar os pensamentos de vários alunos. Alguns alunos aparecem mais que outros, mas isso só deixa a narrativa mais interessante. Outro ponto que vale ressaltar, é que ninguém está a salvo.
Um calhamaço com mais de 600 páginas, onde você sem pisca, pois a estória é frenética. Não há um capítulo sem acontecer algo relevante para a estória.
O Livro ganhou as telas sob a direção de Kinji Fukasaku, tendo 2 horas de duração e recebendo uma classificação, sem surpresa nenhuma, para maiores de 18 anos. Infelizmente não sei de nenhum streaming que tenha o filme disponível.
Claro que não poderia deixar de comentar sobre as semelhanças com Jogos Vorazes, afinal ambos os livros trazem jovens obrigados a se matar entre si como parte de um jogo. No entanto a autora diz que não conhecia a obra japonesa e só veio a saber de sua existência quando o primeiro Jogos Vorazes já estava em fase de impressão. O autor de Battle Royale, Koushun Takami, declarou que não pretende processar Suzanne Collins, pois diz que cada livro tem algo novo a oferecer, divergindo em vários momentos.
Apesar da cordialidade entre os autores, a questão tomou conta da internet, e milhares de fãs debatem, até hoje, semelhanças e diferenças entre as obras.
Eu adorei Battle Royale, foi um dos melhores livros que li esse ano. 
E agora quero saber de vocês Viajantes, já leram Battle Royale? 
Me contem o que acharam, vou adorar saber a opinião de vocês.


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