Em Despertar da Chama Eterna, somos apresentados a Diem Bellator, uma mortal que trabalha como curandeira na cidade periférica dos mortais, próxima a Luminus.
Luminus, por sua vez, é governada pelos Descendentes — filhos dos deuses, seres poderosos que possuem magia e que, frequentemente, agem de forma cruel e arrogante, quase sempre impunes pelos atos perversos cometidos contra os mortais.
Após ajudar a tratar feridos no palácio, Diem decide assumir as responsabilidades de sua mãe, que desapareceu de forma misteriosa e repentina. A partir disso, ela passa a atuar como curandeira real e começa a ter mais contato direto com o príncipe herdeiro, Luther. A tensão entre eles é palpável.
Diem não é uma protagonista fácil de gostar. Apesar de ter vinte anos e ter sido treinada como curandeira, ela demonstra atitudes impulsivas e, por vezes, infantis. Em várias situações, a própria personagem menciona que sua mãe omitiu informações importantes durante seu treinamento, mas, vivendo em uma cidade cercada por seres tão poderosos, seria de se esperar que ela tivesse, no mínimo, um conhecimento básico sobre como lidar com os Descendentes. Mesmo com os segredos de sua mãe, isso soa como uma falha difícil de ignorar.
Em um ato impulsivo, ela decide se juntar à resistência rebelde, que luta para derrubar os Descendentes. Durante uma missão como espiã no palácio, Diem age de maneira excessivamente confiante e impulsiva. Após falhar, ela não reconhece sua imprudência e ainda se ressente quando Maura, sua mentora, lhe dá um sermão e a proíbe de retornar ao palácio.
Outro ponto que me incomodou foi a maneira como Diem se comunica com Luther. Por mais que ela seja a protagonista, seu tom desafiador e, muitas vezes, desrespeitoso chega a ser irritante. Curiosamente, embora Luther se mostre implacável com guardas e outros Descendentes, quando se trata de Diem, ele é surpreendentemente tolerante.
Apesar dessas questões, o livro é bem escrito, a trama é envolvente e prende a atenção do leitor do início ao fim. O desfecho, especialmente, cumpre muito bem seu papel: aguça a curiosidade e nos deixa ansiosos pela continuação.
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