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terça-feira, 30 de setembro de 2025

Resenha | Mistborn: História Secreta - Brandon Sanderson.



Mistborn: História Secreta destaca personagens e fatos escondidos nas sombras da Trilogia Original Mistborn. Kelsier, destinado a morrer nas minas de Hathsin após tentar invadir o palácio do Senhor Soberano, emerge como um poderoso Mistborn, inspirando a revolução que transforma as fundações do Império Final. Seu nome e seus feitos se tornaram uma lenda. Mas sua história termina assim? Os mais próximos, que Kelsier considerava amigos, diziam que havia muito mais acontecendo do que se conta… Se você acha que conhece toda a história da Trilogia Original de Mistborn, este livro pode provar o contrário. Mas cuidado: até mesmo pensar que existe uma outra história pode ser considerada uma heresia.


Em
História Secreta, reencontramos Kelsier, um dos personagens mais marcantes de Mistborn. Após sua morte, ele se recusa a seguir adiante e acaba preso no Reino Cognitivo, onde começa uma busca teimosa e incansável para encontrar um caminho de volta ao Reino Físico.

É fascinante acompanhar como suas ações nesse espaço “entre mundos” reverberam diretamente nos desdobramentos de O Herói das Eras, revelando que havia muito mais acontecendo por trás dos acontecimentos que já conhecíamos. Cada página traz aquele misto de audácia, teimosia e astúcia que só Kelsier é capaz de transmitir — e é impossível não se emocionar ao perceber que sua influência esteve presente em momentos decisivos da trilogia.

A leitura é curta, fluida e irresistível: em poucas horas mergulhamos em revelações que ampliam ainda mais o universo da Cosmere e reacendem a saudade dos personagens que marcaram a saga. Para os fãs, é um verdadeiro presente, uma experiência que mistura nostalgia e surpresa na medida certa.

E quando chega ao fim… ah, fica aquela coceira de curiosidade! A sensação de que ainda há muito a ser contado só aumenta a ansiedade pelo lançamento de Mistborn – Segunda Era, que promete expandir ainda mais esse universo tão amado.


E você, Viajante, já leu Mistborn: História Secreta?
Deixe sua opinião nos comentários, vou adorar saber.

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quarta-feira, 17 de setembro de 2025

Resenha | O despertar da monções de Thea Guanzon.



Talasyn e Alaric estão casados e precisam trabalhar juntos para impedir a Escuridão Sem Luar, um evento capaz de trazer a destruição do mundo que conhecem. O casamento, fruto de uma aliança política entre nações inimigas após a devastadora Guerra dos Furacões, une a poderosa Tecelã de Luz ao implacável Forjador de Sombras.

Quanto mais tempo passam juntos, mais difícil fica negar o crescente sentimento entre os dois. Talasyn, agora Imperatriz da Noite, vive em constante dilema: enquanto precisa convencer Alaric de sua lealdade ao novo reino, secretamente auxilia os rebeldes da Confederação Sardoviana em sua luta para retomar o poder. Ela está dividida entre seus deveres com os rebeldes Sardovianos e o bem-estar de seu sombrio marido. Já Alaric quer assegurar seu domínio, honrar seu pai e avô, e ao mesmo tempo resistir à luz cálida que emana da esposa, que ameaça dissolver as sombras a que sempre foi fiel.

O livro tem um bom desenvolvimento e a história corre de maneira fluida. Alguns pontos parecem colocados para esticar a narrativa, talvez por ter se tornado uma série. Adoro a interação entre Talasyn e Alaric e como eles vão se abrindo, um para o outro, aos poucos. Em minha opinião, Alaric está mais disposto a ceder e fazer o casamento ser de verdade do que Talasyn.

Não confio nem um pouco na líder dos rebeldes Sardovianos, como não confio na avó de Talasyn e, claro, nem preciso falar do pai de Alaric.

Alguns mistérios foram respondidos, mas outros surgiram. Pretendo continuar a ler a série, pois o final foi arrebatador, deixando meu coração apertado de angústia e expectativa para o próximo livro.


E você Viajante, já leu O Despertar das Monções?
Deixe nos comentários a opinião de vocês, vou adorar saber.

sexta-feira, 5 de setembro de 2025

📖 Resenha | O Herói das Eras – Brandon Sanderson



Em O Herói das Eras, o mundo está à beira do colapso. As cinzas caem com intensidade sufocante, os vulcões ameaçam erupções catastróficas, e as brumas — antes restritas à noite — agora surgem durante o dia e matam. A força libertada por Vin no Poço da Ascensão revela-se como uma entidade poderosa e destrutiva, manipuladora e antiga. Elend, agora imperador e também um Mistborn, lidera um império instável, tentando manter a ordem e encontrar uma forma de salvar o mundo. Junto a Vin, ele parte em busca de pistas deixadas pelo Senhor Soberano, tentando decifrar mensagens ocultas e entender o verdadeiro propósito do Herói das Eras.


Chegar ao último livro de Mistborn é como encerrar uma jornada intensa, marcada por perdas, sacrifícios e descobertas. Há um misto de gratidão e melancolia em fechar essas páginas, como se disséssemos adeus a amigos que acompanharam cada passo dessa luta contra a escuridão.

Aqui, Ruína está livre, e sua devastação é iminente. Os esforços de Vin, Elend e companhia em impedir a destruição do mundo parecem não surtir efeito. As brumas, que Kelsier dizia ser amigas dos Alomânticos, agora se mostram hostis, aumentando ainda mais a sensação de desespero e incerteza.

Foi uma leitura densa, carregada de sentimentos conflitantes. Demorei para entrar em Mistborn, mas agora entendo a legião de fãs que essa saga conquistou. Sanderson entrega personagens com camadas profundas, que questionam suas escolhas, falham, amam e duvidam. Não são heróis invencíveis, mas humanos tentando fazer o que acreditam ser o certo, mesmo quando isso exige mais do que podem dar.

Além dos personagens, a construção de mundo continua sendo um dos maiores trunfos da obra. Vemos o cenário se transformar junto com a ameaça de Ruína, e cada revelação costura mistérios deixados desde o primeiro livro. A escrita de Sanderson é habilidosa em manter o ritmo, sem perder a grandiosidade dos temas: sacrifício, fé, esperança e a força da humanidade diante do caos.

Encerrar essa trilogia foi, ao mesmo tempo, satisfatório e doloroso. A conclusão é épica e emociona por unir destino e escolhas pessoais, deixando aquela sensação de vazio que só os grandes finais conseguem causar.

O Herói das Eras não é apenas um desfecho, é uma celebração da fantasia bem construída e uma lembrança de que até na escuridão mais densa, a esperança pode ser a chama que guia. Recomendo com força para quem busca uma fantasia épica, carregada de emoção, reviravoltas e personagens inesquecíveis.