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quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Adaptações literárias e o Cinema - Oscar 2016.

Boa noite amados leitores,

Estou aqui hoje, nesta noite chuvosa, porém muito abafada, para falar sobre um assunto muito legal e meio polêmico, as Adaptações Literárias.
Todos sabem este ano temos 8 livros adaptados indicados a alguma categoria do Oscar, incluindo melhor filme.
Como pretendo listar 10 adaptações boas e 10 adaptações ruins, não vou colocar tudo num post só.
Hoje, vou colocar somente os indicados ao Oscar.

Começamos com o filme que está rendendo o maior burburinho, alguns especialistas estão dizendo que finalmente Leonardo DiCaprio irá levar o Oscar de melhor ator, por causa desse filme.


O FILME1822. Hugh Glass (Leonardo DiCaprio) parte para o oeste americano disposto a ganhar dinheiro caçando. Atacado por um urso, fica seriamente ferido e é abandonado à própria sorte pelo parceiro John Fitzgerald (Tom Hardy), que ainda rouba seus pertences. Entretanto, mesmo com toda adversidade, Glass consegue sobreviver e inicia uma árdua jornada em busca de vingança.

Indicações ao Oscar: Foi indicado a 12 categorias, entre elas o de melhor filme e melhor ator (boa sorte Léo).

O LIVRO:  Em 1823, os caçadores da Companhia de Peles Montanhas Rochosas desbravavam as terras inexploradas dos Estados Unidos, enfrentando diariamente o clima implacável, as feras selvagens e a ameaça constante de confronto com os índios, que defendiam suas terras da invasão dos homens brancos.
Em uma das missões da companhia, Hugh Glass, um dos melhores e mais experientes caçadores do grupo, fica frente a frente com um urso-cinzento, é atacado e termina gravemente ferido, claramente sem chances de sobreviver. Os homens que deveriam esperar sua morte e lhe oferecer um funeral apropriado o abandonam, levando consigo as armas e os suprimentos. Entre delírios, Glass os observa fugindo e é tomado por um único desejo: vingança. Uma determinação cega que o torna capaz de atravessar quase cinco mil quilômetros de terras intocadas e selvagens, fugindo de predadores, sobrevivendo à fome e à agonia dos ferimentos mais terríveis, a fim de concluir seu objetivo.
Inspirado em fatos reais e escrito em uma prosa arrebatadora, O regresso é uma notável história de obsessão, um romance sobre um homem cuja vida foi ao mesmo tempo salva e condenada pela sede de vingança.
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O FILMEO astronauta Mark Watney (Matt Damon) é enviado a uma missão em Marte. Após uma severa tempestade ele é dado como morto, abandonado pelos colegas e acorda sozinho no misterioso planeta com escassos suprimentos, sem saber como reencontrar os companheiros ou retornar à Terra. 

Indicações ao Oscar: Foi indicado a 7 categorias, entre elas o de melhor filme, melhor ator (Matt Damon) e melhor roteiro adaptado.

O LIVRO: Há seis dias, o astronauta Mark Watney se tornou a décima sétima pessoa a pisar em Marte. E, provavelmente, será a primeira a morrer no planeta vermelho.
Depois de uma forte tempestade de areia, a missão Ares 3 é abortada e a tripulação vai embora, certa de que Mark morreu em um terrível acidente.
Ao despertar, ele se vê completamente sozinho, ferido e sem ter como avisar às pessoas na Terra que está vivo. E, mesmo que conseguisse se comunicar, seus mantimentos terminariam anos antes da chegada de um possível resgate.
Ainda assim, Mark não está disposto a desistir. Munido de nada além de curiosidade e de suas habilidades de engenheiro e botânico – e um senso de humor inabalável –, ele embarca numa luta obstinada pela sobrevivência.
Para isso, será o primeiro homem a plantar batatas em Marte e, usando uma genial mistura de cálculos e fita adesiva, vai elaborar um plano para entrar em contato com a Nasa e, quem sabe, sair vivo de lá.

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O FILMEA jovem Therese Belivet (Rooney Mara) tem um emprego entediante na seção de brinquedos de uma loja de departamentos. Um dia, ela conhece a elegante Carol Aird (Cate Blanchett), uma cliente que busca um presente de Natal para a sua filha. Carol, que está se divorciando de Harge (Kyle Chandler), também não está contente com a sua vida. As duas se aproximam cada vez mais e, quando Harge a impede de passar o Natal com a filha, Carol convida Therese a fazer uma viagem pelos Estados Unidos.

Indicações ao Oscar: Foi indicado a 6 categorias, entre elas o de melhor atriz (Cate Blanchett) e melhor roteiro adaptado.


O LIVRO: Em plenos anos 50, a escritora Patricia Highsmith lançou Carol – primeiro romance que aborda uma relação amorosa entre mulheres com um final feliz. O polêmico livro foi publicado na época como The Price of Salt, sob o pseudônimo de Claire Morgan.
Na história, Therese Belivet trabalha como vendedora na seção de bonecas de uma loja de departamentos. O emprego funciona como um bico para juntar dinheiro: o que ela de fato quer é construir uma carreira como cenógrafa de teatro. É época de Natal em Nova York, e a loja está lotada. Em meio a tantos rostos desconhecidos, Therese fica hipnotizada ao ver uma distinta cliente se aproximar. É Carol. “Alta e clara, com um longo corpo elegante dentro do casaco de pele folgado (...), seus olhos eram cinzentos, claros e, no entanto, dominadores, como luz ou fogo”.
Assim começa o romance entre a jovem Therese e Carol – recém-separada e mãe de uma filha –, um amor repentino e fatal, que se transforma em uma constante troca de experiências. Mas, numa tentativa de escapar dos olhares reprovadores dos amigos e familiares, elas saem de carro em uma viagem pelos Estados Unidos. Essa aventura acaba se tornando perigosa quando elas percebem que estão sendo seguidas por um detetive.
Patricia Highsmith publicou seu primeiro livro, Strangers on a Train, em 1950 (um ano depois, a história ganhou uma adaptação cinematográfica pelo mestre do mistério, Alfred Hitchcock). Os editores esperavam então que ela desse continuidade aos enredos de suspense e por isso recusaram The Price of Salt, que acabou sendo lançado por outra editora em 1952.
No pós-escrito para a edição de 1989, Highsmith relata que ela própria trabalhou em uma loja de departamentos, no Natal, para ganhar algum dinheiro, e que certo dia viu uma cliente em um casaco de pele, que se destacava da multidão. Depois da publicação de Carol, Highsmith conta que recebia de dez a quinze cartas por semana (endereçadas a Claire Morgan) comentando a história, agradecendo à escritora ou mesmo pedindo conselhos. Para a autora, a razão do sucesso era a seguinte: “Antes deste livro, os homossexuais, masculinos e femininos, nos romances americanos, eram obrigados a pagar pelo seu desvio cortando os pulsos, se afogando em piscinas, ou mudando para a heterossexualidade (assim se afirmava) ou mergulhando – sozinhos, sofrendo, rejeitados – em uma depressão dos infernos.”
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O FILME: Michael Burry (Christian Bale) é o dono de uma empresa de médio porte, que decide investir muito dinheiro do fundo que coordena ao apostar que o sistema imobiliário nos Estados Unidos irá quebrar em breve. Tal decisão gera complicações junto aos investidores, já que nunca antes alguém havia apostado contra o sistema e levado vantagem. Ao saber destes investimentos, o corretor Jared Vennett (Ryan Gosling) percebe a oportunidade e passa a oferecê-la a seus clientes. Um deles é Mark Baum (Steve Carell), o dono de uma corretora que enfrenta problemas pessoais desde que seu irmão se suicidou. Paralelamente, dois iniciantes na Bolsa de Valores percebem que podem ganhar muito dinheiro ao apostar na crise imobiliária e, para tanto, pedem ajuda a um guru de Wall Street, Ben Rickert (Brad Pitt), que vive recluso.
Indicações ao Oscar: Foi indicado a 5 categorias, entre elas o de melhor filme e melhor roteiro adaptado.

O LIVRO: Em A jogada do século, Michael Lewis, considerado um dos principais escritores de economia da atualidade, constrói uma crônica muito bem articulada sobre como o colapso financeiro de 2008 se desenrolou, passo a passo, além de revelar os principais personagens de Wall Street envolvidos na crise, tudo permeado de um humor ácido e uma narrativa instigante.






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O FILME: Cinebiografia de Lili Elbe (Eddie Redmayne), que nasceu Einar Mogens Wegener e foi a primeira pessoa a se submeter a uma cirurgia de mudança de gênero. Em foco o relacionamento amoroso do pintor dinamarquês com Gerda (Alicia Vikander) e sua descoberta como mulher.

Indicações ao Oscar: Foi indicado a 4 categorias, entre elas o de melhor ator (Eddie Redmayne).






Infelizmente não achei a capa original do livro.
O LIVRO: Inspirado em uma história real, este romance inquietante, narrado com elegância e sutileza únicas, apresenta uma trama ousada que transcende os limites de sexo, gênero e localização histórica. A prosa rica e o discurso emocionado transformam esta obra numa história de amor poderosa, que marcará para sempre a vida do leitor.
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O FILME: Uma história moderna sobre o amor sem limites entre mãe e filho. O pequeno Jack (Jacob Tremblay), de cinco anos, não conhece nada do mundo, exceto o quarto em que nasceu e cresceu acompanhado apenas por Ma (Brie Larson).

Indicações ao Oscar: Foi indicado a 4 categorias, entre elas o de  Melhor Filme, Melhor Atriz e Melhor Roteiro Adaptado.

O LIVRO: Para Jack, um esperto menino de 5 anos, o quarto é o único mundo que conhece. É onde ele nasceu e cresceu, e onde vive com sua mãe, enquanto eles aprendem, leem, comem, dormem e brincam. À noite, sua mãe o fecha em segurança no guarda-roupa, onde ele deve estar dormindo quando o velho Nick vem visitá-la.
O quarto é a casa de Jack, mas, para sua mãe, é a prisão onde o velho Nick a mantém há sete anos. Com determinação, criatividade e um imenso amor maternal, a mãe criou ali uma vida para Jack. Mas ela sabe que isso não é suficiente, para nenhum dos dois. Então, ela elabora um ousado plano de fuga, que conta com a bravura de seu filho e com uma boa dose de sorte. O que ela não percebe, porém, é como está despreparada para fazer o plano funcionar.


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O FILME: O roteirista Dalton Trumbo (Bryan Cranston) tem uma história singular em Hollywood: apesar de ter escrito algumas das histórias de maior sucesso da época, como A Princesa e o Plebeu (1953), ele se recusou a cooperar com o Comitê de Atividades Antiamericanas do congresso e acabou preso e proibido de trabalhar. Mesmo quando saiu da prisão, Trumbo demorou anos para vencer o boicote do governo, sofrendo com uma série de problemas envolvendo familiares e amigos próximos.

Indicações ao Oscar: Foi indicado ao Oscar na categoria de Melhor Ator (Bryan Cranston).



O LIVRO: Em 1947, o jornal The Hollywood Reporter divulgou uma série de nomes de vários cineastas envolvidos com o comunismo, pela suspeita de que seus simpatizantes estivessem instilando sutilmente sua propaganda nos filmes de Hollywood. Dez pessoas foram intimadas a depor no Comitê de Atividades Antiamericanas, e Dalton Trumbo era seu principal nome.
Radical, franco e irônico, Trumbo recusou-se a entregar qualquer informação. Foi julgado, declarado culpado por desacato ao Congresso e, em 1950, preso. Atuando por trás das câmeras, por quase uma década viveu de produzir roteiros clandestinamente, a preços medíocres, até que dois Oscars depois, e com o esvaziamento do macarthismo, Trumbo se tornou o primeiro integrante da lista a ser novamente creditado em uma produção, abrindo caminho para o fim definitivo da caça às bruxas em Hollywood.




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O FILME: A jovem irlandesa Ellis Lacey (Saoirse Ronan) se muda de sua terra natal e vai morar em Brooklyn para tentar realizar seus sonhos. No ínicio de sua jornada nos Estados Unidos, ela sente falta de sua casa, mas ela vai tentando se ajustar aos poucos até que conhece e se apaixona por Tony (Emory Cohen), um bombeiro italiano. Logo, ela se encontra dividida entre dois países, entre o amor e o dever.

Indicações ao Oscar: Foi indicado a 3 categorias, o de Melhor Filme, Melhor Atriz (Saoirse Ronan) e Melhor Roteiro Adaptado.


O LIVRO: No início dos anos 1950, a Irlanda não oferece futuro para jovens como Eilis Lacey. Sem encontrar emprego, ela vive na pequena Enniscorthy com a mãe viúva e a irmã Rose. Mas eis que o padre Flood lhe faz uma oferta de trabalho e moradia no Brooklyn, Estados Unidos. De início apavorada com a ideia de sair do ninho familiar, ela acaba partindo rumo à América.

Triste e solitária em seu novo mundo, a tímida Eilis acaba por estabelecer uma rotina de trabalho diurno e estudo noturno na faculdade de contabilidade. No baile semanal da paróquia, conhece um jovem de origem italiana que aos poucos entra em sua vida. Mas quando começa a se sentir mais livre e segura, Eilis é obrigada a voltar, por algumas semanas, para Enniscorthy. E ali ela se vê, mais uma vez, diante de uma escolha muito difícil.

Sem nunca fazer de Eilis uma heroína clássica, Colm Tóibín trama uma delicada teia de sentimentos ocultos, de aceitação do destino e de sonhos abandonados que deixará o leitor preso à história muito tempo depois de terminar o livro.




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E por hoje é só meus amados leitores.
Mais ainda essa semana eu volto com a lista das 10 piores adaptações literárias, contando com a ajuda de alguns amigos estou preparando uma lista bem surpreendente (ou não).

Até o próximo.

Bjokas - Jú

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