Dando continuidade à saga As Crônicas de Gelo e Fogo, trago minhas considerações sobre O Festim dos Corvos, o quarto livro da série. Os eventos dessa obra acontecem em paralelo aos narrados em A Dança dos Dragões, o que significa que alguns personagens não aparecem aqui. Sem mais delongas, vamos aos acontecimentos que se desenrolam após os trágicos acontecimentos de A Tormenta das Espadas.
Enquanto a rainha regente Cersei tenta manter intacto o domínio dos Lannister em Porto Real, os jovens Stark estão espalhados pelo mundo. Arya abandona Westeros rumo a Bravos, Bran desaparece para além da Muralha, Sansa está sob o controle do astuto Mindinho, e Jon Snow, proclamado novo comandante da Patrulha da Noite, precisa lidar com a forte influência do rei Stannis. No meio de tantas intrigas, do outro lado do mar, começam a surgir rumores sobre dragões e fogo...
Muitas coisas acontecem nesse livro, mas, para cada evento importante, há páginas e mais páginas de pura enrolação. As informações essenciais estão espalhadas como migalhas ao longo da narrativa. Como George R.R. Martin optou por contar essa parte da história pelos olhos de vários personagens, vou resumir os principais pontos de vista. Vamos lá?
Cersei Lannister assume o controle como Regente de seu filho, o jovem rei Tommen. À medida que tenta consolidar seu poder, sua paranoia e desconfiança crescem, levando-a a tomar decisões impulsivas. Sua confiança em aliados duvidosos só piora a situação.
Jaime Lannister está nos Riverlands, tentando resolver o conflito com os Tullys. Longe de Cersei, ele começa a pensar por si mesmo, revelando uma faceta bem diferente daquela vista nos primeiros livros. Após este volume, passei a gostar mais do personagem.
Brienne de Tarth segue sua incansável busca por Sansa Stark. Em minha opinião, ela é uma das melhores personagens do livro. Apesar dos perigos e da longa jornada, Brienne se recusa a desistir de sua missão, mesmo quando é capturada pela Irmandade Sem Estandartes.
Sansa Stark, escondida no Vale sob o disfarce de Alayne Stone, filha bastarda de Mindinho, começa a aprender as regras do jogo político. Embora essas passagens sejam importantes para entendermos melhor outros personagens e suas motivações, achei essa parte um pouco arrastada.
Arya Stark encontra-se em Bravos, treinando na Casa do Preto e Branco para se tornar um Homem Sem Rosto. Forçada a abandonar sua antiga identidade, ela enfrenta o desafio de deixar para trás sua sede de vingança e seu passado.
Samwell Tarly é enviado para Vilavelha com Gilly e o bebê de Mance Rayder. Lá, precisa treinar como Meistre para melhor servir à Patrulha da Noite e a Jon Snow. Ao longo do livro, Sam demonstra um dos maiores crescimentos entre os personagens.
Após a morte de Balon Greyjoy, seu irmão Euron Greyjoy assume o trono e traça planos ambiciosos de conquista, enquanto Asha Greyjoy e outros membros da família tentam garantir seu próprio espaço no poder. Uma família bem unida... só que não.
Em Dorne, as Serpentes de Areia, filhas bastardas de Oberyn Martell, buscam vingança pela morte de seu pai. Enquanto isso, Doran Martell, governante de Dorne, parece ter seus próprios planos secretos envolvendo Daenerys Targaryen.
O ponto positivo do livro é que o mundo criado por Martin continua fascinante, repleto de intrigas políticas e personagens que não medem esforços para alcançar seus objetivos.
Mesmo com um ritmo mais lento e trechos arrastados, O Festim dos Corvos aprofunda a complexidade de Westeros e expande a guerra pelo Trono de Ferro. É uma leitura essencial para fãs da saga que desejam explorar ainda mais esse universo grandioso.
E você, Viajante, já leu O Festim dos Corvos?
Me conte nos comentários, vou adorar saber.
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