Revisitando agora, mais velha, confesso que voltei a Alagaësia com certo receio — afinal, releituras podem mudar bastante nossa percepção da narrativa. Mas fiquei feliz em redescobrir Eragon. Como já sei o que acontece nessa jornada, pude desfrutar de uma leitura mais relaxada e captar detalhes e pistas que passaram despercebidos da primeira vez.
A trama começa de forma aparentemente simples: Eragon encontra na floresta uma pedra azul polida, acreditando ter em mãos apenas um achado que poderia ajudar sua família. Mas, quando dessa pedra nasce um dragão, sua vida muda completamente. De repente, ele deixa de ser apenas um rapaz do campo e é lançado em um mundo repleto de magia, perigo e poder. Empunhando uma espada lendária e seguindo as palavras de um sábio contador de histórias, ele parte em uma jornada arriscada contra forças sombrias que ameaçam o Império.
Nessa releitura, continuo achando Eragon ingênuo e sonhador, e em certos momentos bate aquele ranço de algumas atitudes dele. Mas sempre que lembro que ele tem apenas 15 anos, acabo passando o pano. A falta de diálogos francos também me incomoda — como em boa parte dos livros de fantasia, muita coisa poderia ser evitada se os personagens simplesmente conversassem.
Mas, como diz Brandon Sanderson, “jornada antes do destino”: Eragon precisava passar por provações e perrengues para amadurecer e se dar conta da responsabilidade que carrega ao se tornar um Cavaleiro de Dragão.
E, claro, não posso deixar de falar dela: Saphira. Continua sendo minha personagem favorita de toda a saga. Forte, leal e sábia, ela dá alma à história. Nesse primeiro livro, porém, divide meu coração com Brom, outro personagem que brilhou na releitura.
Me conte nos comentários, vou adorar saber sua opinião.
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