Os gêneros literários são como grupos familiares que reúnem nas
mesmas categorias obras com atributos semelhantes. Esta categorização é
flexível, portanto um determinado conteúdo pode transitar entre uma e outra
modalidade, as quais são normalmente classificadas em subgrupos.
Todos os gêneros, porém,
partem de uma classificação padrão, adotada desde a Antiguidade: narrativo ou épico; lírico e dramático.
Deste tronco principal partem as ramificações menores, ou seja, os subgêneros.

Poesia: Sua essência é a harmonização da
palavra.
Ode: Composição calorosa e sonora.
Ode: Composição calorosa e sonora.
Sátira: Texto que zomba de alguém ou de
um determinado contexto.
Hino: Geralmente criado para
louvar ou engrandecer algo. Por exemplo, uma nação ou uma divindade.
Soneto italiano ou petrarquiano:
apresenta duas estrofes de quatro versos (quartetos) e duas de três
versos (tercetos); Soneto inglês ou Shakespeariano: três
quartetos e um dístico e Soneto monostrófico: Apresenta uma
única estrofe de 14 versos.
Haicai: Poemas japoneses, sem rima,
compostos geralmente por três versos.
Acróstico: Poesia na qual as primeiras
letras de cada verso, ou em alguns casos as da posição central ou as do final,
compõem, na vertical, um ou mais nomes, uma ideia, entre outras concepções.
Gêneros Narrativos - No gênero narrativo o
autor estrutura uma história, quase sempre em prosa, que pode se inspirar
em eventos reais ou ser apenas de natureza fictícia. Nessa modalidade as cenas
se desenrolam de forma consecutiva no espaço e no tempo. Esta modalidade se
distingue, estruturalmente, por apresentar uma trama com início,
um clímax e uma conclusão.
Ele pode ser classificado nos subgêneros romance, conto,
crônicas, novelas, entre outros.
Romance: Trazem um enredo integral,
com marcas temporais, cenários e personagens determinados com precisão. Nasceu
na Era Medieval e Dom Quixote, de Cervantes, é seu modelo
principal.
Pode ser dividido em quatro tipos:
- Romance de Aprendizagem;
- Romance Policial;
- Romance Psicológico;
- Romances Históricos;
Fábula: Criação no estilo fantástico, comprometida apenas
com a esfera imaginária. Os personagens dessas histórias são normalmente
animais ou objetos; a intenção é transmitir mensagens de cunho moral.
Exemplo: A Cigarra e a Formiga -
Esopo
Novela: Narrativa mais resumida que o romance e maior que o
conto, mas tão curta quanto o mesmo. Exemplo: O Alienista - Machado
de Assis.
Conto: Obra ficcional intensa em conteúdo e breve na
forma. Normalmente é engendrada a partir de eventos e figuras
imaginárias.
Exemplo: A princesa e a Ervilha - Hans Christian Andersen.
Crônica: Texto isento de qualquer formalidade; traduz
acontecimentos do dia-a-dia com uma linguagem informal, sucinta. Apresenta
pitadas de humor e de crítica. Está na fronteira entre o jornalismo e a
literatura.
Exemplo: A Metamorfose - Luís
Fernando Veríssimo.
Poesia Épica ou Epopeia: Se refere a um poema narrativo relativamente curto (ou
episódios discretos dentro de um trabalho mais longo), os quais
retratam quase sempre ações heroicas. Exemplo: Odisseia - Homero.
Destes subgrupos surgem outras ramificações:
Apocalipse Zumbi: surgiu nos anos 60 e com o passar do tempo
conquistou um amplo espaço na cultura pop, inspirando inúmeras produções
cinematográficas, séries, ficções literárias, graphic novels, games e outros produtos midiáticos.
Autobiografia: existe desde muito tempo e continua bastante presente
na atualidade. É um fenômeno atemporal e mundial, que pode ser inteiramente
literal ou possuir ingredientes ficcionais. O precursor desse modelo de
escrita é Santo Agostinho.
Biografia: o autor narra a história da vida de uma pessoa ou de
várias pessoas. De um modo geral as biografias contam a vida de alguém.
Chick-Lit: moderno, direcionado para as mulheres, teve
como pioneira a personagem inglesa Bridget Jones.
Fantasia: considerada um gênero que faz uso
da magia e de outros elementos sobrenaturais como peças importantes que
permeiam uma obra.
Fantasia Científica: possui características da
fantasia e outras provenientes da ficção científica.
Ficção Científica: desenvolvido no século XX e se refere às
narrativas que incluem componentes científicos como essenciais ao andamento da
trama. Consiste, de uma elaboração de fatos e princípios científicos em forma
de narrativa, mas também pode abordar temas fantásticos, que, inclusive,
contradigam tais fatos e princípios. Entretanto, nas duas situações, deve haver
algum nível de plausibilidade e verossimilhança.
Folhetim: é dividido em capítulos e o enredo,
necessariamente, necessita prender a atenção do leitor e criar uma certa
expectativa para garantir que este irá aguardar para acompanhar o desenrolar da
narrativa.
Horror e Terror: A emoção que move essencialmente
o gênero do terror ou horror é o medo.
Ele eletriza leitores e espectadores. A partir da década de 60 toda criação
fictícia com uma temática doentia ou repugnante passou a ser vista por seus
aficionados como uma categoria independente.
A vertente do Terror, foca particularmente na produção de um clima de suspense não procedente de causas transcendentais. A
atmosfera é de natureza psicológica.
Já na literatura de Horror há a
presença de tópicos sobrenaturais, normalmente ligados a elementos próprios da
ficção científica. É o que ocorre com clássicos como Frankenstein. Mas este
gênero pode igualmente incorporar temas folclóricos e outros típicos da cultura
popular, sendo o maior exemplo a obra Drácula.
Literatura Fantástica: A expressão ‘fantástico’
provém do latim ‘phantasticus’, termo que, na verdade, procede do grego
‘phantastikós’; os dois vocábulos têm o sentido de ‘fantasia’. Pode-se então
definir a literatura fantástica como a
narrativa que é elaborada pelo imaginário, por uma dimensão supostamente
inexistente na realidade convencional. Nestas obras é possível
encontrar sem maiores dificuldades os famosos ingredientes do fantástico –
seres heroicos, bruxos, aparições, animais fabulosos, objetos ligados à magia,
criaturas elementais, conectados aos quatro elementos: as ninfas, silfos, elfos,
goblins, duendes, gnomos, os quais habitam o ar, a água, a terra ou o fogo.
Literatura Infanto-Juvenil: As editoras, investem em
características como cheiro, textura, formato e ilustrações dos livros. Exemplo
de obras que fizeram sucesso entre os jovens brasileiros são: coleção
"Vaga-Lume", série "Os Karas" e livros como “Cuidado, Não
Olhe para Trás” e “As Cores de Laurinha” e as histórias em quadrinhos criadas
por Mauricio de Souza. Entre as características encontradas na literatura
infanto-juvenil estão: fácil entendimento do conteúdo e estímulos à
criatividade infantil.
Literatura YA – Young Adult – Jovem Adulto: pode ser definida como
Literatura para pessoas de 14 a 21 anos, apesar de ter muitos leitores de
outras faixas etárias. Separa-se da literatura infanto-juvenil por deixar de lado a ingenuidade
dos protagonistas e concentrar-se em temáticas mais adultas.
Metaficção: de acordo com a definição do Grande
Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, metaficção é
uma narrativa ficcional que tematiza o próprio processo da escrita
literária. Segundo a crítica literária Linda Hutcheon, as obras de
metaficção fazem uma reflexão consciente sobre a própria condição de ficção em
que estão inseridas. Focam no autor e no processo de criação da história, ou seja,
o ato da escrita em si.
Novelas
de Cavalaria: são
narrativas literárias em capítulos que contam os grandes feitos de um herói,
mesclados a emocionantes histórias de amor. Nestas histórias de amor, ao
contrário do que se relatava nas cantigas, o herói não se contenta somente em
ver e contemplar a amada, mas exige ser correspondido e concretizar este amor.
Aborda também o chamado “Amor Cortês”, que retrata histórias de amor proibidas,
nas quais o casal não tem final feliz e é severamente punido pelo pecado
cometido.
Paródia: tem como elemento
principal, na maioria das vezes, a comédia, ou seja, a partir da estrutura de um poema, música,
filme, obras de arte ou qualquer gênero que tenha um enredo que possa ser
modificado. Mantém-se o esqueleto, isto é, características que remetam à
produção original, como por exemplo o ritmo – no caso de canções – mas
modifica-se o sentido. Com cunho, em muitos casos, cômico, provocativo e/ou
retratação de algum tema que esteja em alta no contexto abordado.
Sick-Lit: No início de 2013 notou-se uma prevalência de narrativas tristes,
melancólicas, algumas até bem depressivas. Os primeiros lugares dos mais
vendidos em veículos como “The New York Times” foram cedidos para livros como
‘A culpa é das estrelas’, de John Green, e As vantagens de ser invisível, de
autoria de Stephen Chbosky. Críticos e classificadores de plantão
colaram uma etiqueta não muito lisonjeira nestas obras – sick-lit, que pode ser traduzido como ‘literatura
enferma’ ou ‘doentia’. Cabem neste segmento enredos protagonizados por
criaturas mergulhadas em enfermidades sérias, jovens depressivos, anoréxicos,
pelos que já cederam à tentação do suicídio, ou por qualquer outro distúrbio
que atinja crianças e adolescentes.
Space
Opera: subgênero
da ficção científica. Com roteiros
exagerados e dramatizados, durante um tempo, a space opera foi chamada de
“super ficção”. Nela as histórias, geralmente, envolvem grandes corporações que
abrangem extensões do universo , máquinas e seres ciclópicos, guerras
estelares e planetas sendo destruídos por forças incríveis e grandes
manipulações de tecnologia.
Suspense: envolve uma sensação de
hesitação ou impaciência diante dos desdobramentos de certo evento. Este
recurso está normalmente ligado à impressão do leitor durante a leitura de uma
narrativa que envolve elementos dramáticos.
Literatura
Gótica: iniciada
no século XVIII, costuma-se
destacar, como algumas das principais características desse tipo de literatura,
os cenários medievais (castelos,
igrejas, cemitérios, florestas, ruínas), os personagens melodramáticos (donzelas, cavaleiros, vilões, os
criados), os temas e símbolos recorrentes (segredos do passado, manuscritos
escondidos, profecias, maldições).
Literatura
Esotérica: O
movimento pode, inicialmente, ser compreendido como uma ampla corrente de
natureza intelectual e espiritual que teve seu ápice exatamente no fim do
último milênio, especialmente nas três décadas finais. Ele magnetizou um grande
número de pessoas em todo o Planeta; seres que estavam à procura de recursos
que imprimam algum significado ao Cosmos e à própria vida humana e atuem, ao
mesmo tempo, como probabilidades de vivências simbólico-religiosas. Na esfera
literária há diversos escritores que se enquadram neste subgênero: William
Shakespeare, William Blake, Goethe, Gustav Meyrinck, Mircea Eliade,
Hermann Hess, Raymond Abellio e Fernando Pessoa.
Literatura
Espiritualista: se
refere basicamente às filosofias e religiões que têm em comum a crença na
existência da alma como fator essencial que move e sustenta o real, e também
sua emancipação, liberdade e prioridade sobre a dimensão material. Alguns
autores desse subgênero são Padre Fábio de Melo, Allan Kardec, Dalai Lama e
Augusto Cury.
Literatura Espírita: um tipo de literatura que divulga as ideias do Espiritismo. Sob a forma de periódicos e
livros. Compreende filosofia, pesquisas, manuais, contos, romances, novelas, crônicas, poesias etc.
A autoria de muitos
trabalhos, como na Série André Luiz, é atribuída a autores espirituais através
do fenômeno da psicografia.
Literatura de Auto-Ajuda: é um gênero atualmente
muito procurado pelos leitores em busca de autoconhecimento, de orientação
espiritual, de respostas para os males que os afligem. Ela atua como um bálsamo
que aplaca a ansiedade, a angústia e o estresse, males tão característicos da
modernidade.
Literatura
de Negócios: A
literatura utilizada nos cursos de Administração e Negócios, inclusive a de
alguns gerentes, é formada principalmente por livros de gestão, de sucesso nos
negócios, de superação pessoal e de trabalho em grupo.
Hoje também são muito comuns as trilogias e sagas.
Gêneros
dramáticos - A
modalidade dramática teve início na Grécia Antiga, possivelmente em festas
realizadas em honra de Dionísio, deus do vinho. As obras que se filiam a este
gênero são especialmente criadas para serem exibidas em montagens teatrais.
Hoje é mais complicado distinguir um drama de outro gênero da literatura, pois
se generalizou a prática de converter qualquer produção literária em roteiro
para apresentação nos palcos.
Podemos dividir o gênero Drama em três subcategorias:

Tragédia: Reproduz um evento trágico e tem por fim suscitar piedade e horror.
Farsa: Tende para o cômico; a ação é corriqueira
e se baseia na rotina diária e no ambiente familiar. Exemplo: A Farsa de Inês
Pereira de Gil Vicente.
Exemplo: Macbeth - Willian
Shakespeare
Elegia: Louva a morte de uma pessoa;
este evento é o ponto central da peça.
Exemplo: Romeu e Julieta - Willian Shakespeare.
Espero ter conseguido explicar sobre alguns gêneros literários a vocês.
Tenham uma ótima semana.
Bjokas - Jú
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