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quarta-feira, 1 de maio de 2024

Morte de Tinta - Cornelia Funke.

 

Onde termina a fantasia e começa a realidade? 
É possível ler ou transformar uma história sem ser modificado por ela? Que poder tem o autor sobre os seus personagens? Não será o próprio autor apenas mais um personagem? Essas são algumas das questões levantadas por Cornelia Funke em Sangue de tinta, desfecho da trilogia Mundo de Tinta.

Mundo de Tinta é um universo onde ficção e realidade se confundem e também o nome da trilogia iniciada com o best-seller Coração de Tinta, seguida de Sangue de Tinta e que chega agora ao fim com Morte de Tinta. Nesse universo, um "língua encantada" é alguém que, ao ler uma história em voz alta, tem o poder de trazer o mundo dos livros para a realidade, assim como viajar ele mesmo, e levar quem estiver por perto, para o mundo fantástico da palavra escrita. 
É o que aconteceu com Mo, um encadernador de livros, e sua família, quando um dia, ao ler em voz alta seu livro favorito - Coração de Tinta -, ele manda a mulher para o mundo da ficção, trazendo em seu lugar alguns vilões da trama.

Mo e sua filha Meggie acabaram transitando entre essa fronteira; viveram um bocado de aventuras nessas viagens e conheceram milhares de personagens incríveis - muitos deles malvados até a alma. Desta vez, com a ajuda de Dedo Empoeirado, Farid, Resa e Violante, Mo enfrenta o mais terrível de todos os vilões, o Cabeça de Víbora, numa batalha final, de vida ou morte.

Mas, antes dela, personagens já conhecidos dos livros anteriores vivem suas aventuras. Fenoglio, o autor de Coração de tinta, tem que combater Orfeu, plagiador que se utiliza de passagens de seu livro para reescrever e manipular a história. Meggie, ao se apaixonar por Farid, se depara com as alegrias e decepções do primeiro amor. Resa, mãe de Meggie, traz em seu ventre um novo herdeiro. E Mortimer, nosso herói, que no Mundo de tinta assume a personalidade do Gaio, espécie de Robin Hood, tem que lutar contra o próprio personagem que interpreta, já que pouco a pouco começa a se confundir com ele e a se esquecer de quem é no mundo real.




Chegamos ao terceiro volume da série Mundo de Tinta.

Em Morte de Tinta, a cabeça de Mo está a prêmio, pois foi como um encadernador de livros que ele condenou Cabeça de Víbora a uma vida eterna de dor e podridão.
Enquanto ele e seus aliados buscam uma fora de sair dessa situação e acabar com a ameaça que Cabeça de Víbora é, Orfeu continua modificando Coração de Tinta a seu bel-prazer.
Desde ler fadas coloridas, até Unicórnios para que o Pardal, novo governante de Ombra, possa caca-los e exibi-los como troféus.

Reza procurar Orfeu para que ele escreva uma saída para ela, Meggie e Mo, possam voltar pra casa, porém, Orfeu impõe a condição de que Mo chame as Damas Brancas, para que ele consiga trazer Dedo Empoeirado de volta. Ela nega, pois diz que é preço pode ser alto demais. Porém, o obcecado Farid leva o recado para Mo e ele concorda com os termos de Orfeu. Mo tem sucesso e consegue trazer Dedo Empoeirado de volta, mas também volta com uma missão dada pela própria Morte. Ele deve acabar com o Livro em Branco e devolver Cabeça de Víbora para ela ou Mo e Meggie serão levados pelas Damas para sempre. Violante oferece um acordo para Mo pra que juntos possam se ver livres do Cabeça de Víbora e assim um plano audacioso é traçado.

Claro que os acontecimentos não se desenrolam de forma fluida, e temos a história dando voltas e mais voltas até o seu desfecho.
A autora soube costurar bem a história, mas deixou algumas pontas soltas, caso queira escrever um quarto livro.
Continuo achando que li esse livro com a idade errada. Talvez se meu eu adolescente, entre 12 e 14 anos, tivesse conhecido essa série, ela teria amado. Mas meu eu adulto, mantém a nota de 3,5 estrelas.

Mas e vocês Viajantes, já leram a trilogia Mundo de Tinta?
Me contem nos comentários, vou adorar saber a opinião de vocês.


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